PROFESSORES PARALISAM DIA 18 DE SETEMBRO

No dia 18 de setembro os professores da rede estadual vão paralisar as aulas e estarão nas ruas na luta pelo reajuste de 22,22% para todos os níveis da carreira. O dia de luta começa com assembleia da categoria às 9h no Instituto Histórico e Geográfico. Logo depois os educadores vão ocupar as galerias da Assembleia Legislativa e também a Praça Fausto Cardoso.



“Nossa luta pela unicidade da carreira e pelo reajuste de 22,22% para todos como diz a lei ainda continua. Não queremos a aprovação do projeto que está na Assembleia Legislativa, pois ele acaba de uma vez com a carreira do professor que foi conquistada numa luta de várias décadas”, aponta Ângela Maria de Melo, presidenta do SINTESE.

Durante a assembleia realizada na manhã desta quinta, 06, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Ângela ressaltou a importância da participação dos educadores no Grito dos Excluídos que acontecerá ao final do desfile cívico de 7 de setembro. A concentração será a partir das 9h na Praça Olímpio Campos (praça da Catedral Metropolitana).

Além de Aracaju, acontecerão atos públicos após o desfile cívico em Estância, Maruim, Carira e Neópolis.

Virada pelo piso

No dia 18 os professores pretendem realizar o “Virada pelo Piso” que nos moldes do evento Virada Cultural vai trazer para a Praça Fausto Cardoso (em frente a Assembleia Legislativa), debates, exibição de filmes e shows culturais que só terminarão 24 horas depois (já no dia 19). ?Nosso objetivo é unificar ainda mais a categoria e trazer para a sociedade nossa luta pelo reajuste igualitário e também por uma educação pública de qualidade social para os filhos e filhas dos trabalhadores?, disse Ubaldina Fonseca Santana Moreira, diretora do Departamento de Base Estadual.

Brasília

Foram passadas informações sobre a Marcha Nacional pela Educação Pública (que aconteceu no dia 05 em Brasília) e a participação de Sergipe que contou com dois ônibus no evento. A maior parte dos participantes foi de professoras aposentadas. ?Elas mostraram que o fato de não estarem mais em sala de aula não significa que estão fora da luta por uma educação pública de qualidade?, disse.

Durante a ida a Brasília (para participar da marcha e da reunião do Conselho Nacional de Entidades da CNTE), Ângela contou também que junto com o presidente da CUT/SE ? Rubens Marques visitou os líderes dos partidos na Câmara dos Deputados e fez a entrega da pauta da CUT Nacional e também conversaram sobre o projeto de lei que tramita na Câmara para mudar a forma de reajuste do piso.

Mais uma ADIN contra o piso

Ao mesmo tempo em que as entidades defensoras da Educação Pública conseguiram a derrubada do recurso postergatório que emperrava a votação do Plano Nacional de Educação (agora ele vai direto para o Senado) e se realizava a Marcha Nacional pela Educação Pública, os professores foram surpreendidos com a notícia publicada no Diário Oficial de que os governadores do Rio Grande do Sul, Roraima, Mato Grosso do Sul, Piauí e Santa Catarina deram em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) nº 4.848 contra o art. 5º da Lei 11.738, que trata do reajuste anual do piso nacional do magistério.

Em nota publicada Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE “lamenta, profundamente, a atitude leviana dos governadores que abdicam do debate democrático em torno da valorização dos profissionais da educação, para continuar a tumultuar o processo de implementação integral do piso no país, além de tentar rebaixar os objetivos da Lei Federal”.

Para CNTE nova ação dos governadores, além de afrontar a luta dos trabalhadores e da sociedade por uma educação pública de qualidade e com profissionais valorizados, despreza a importância do debate cooperativo entre os entes federados para cumprir as exigências do piso, e por isso a mesma merece o nosso repúdio.

Ação contra a lei 213/2011

A viagem a Brasília também teve como objetivo acertar os últimos detalhes para que o SINTESE (através da CNTE) também impetre até a próxima semana com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o governo do Estado de Sergipe com relação a lei 213/2011 no Supremo Tribunal Federal.



(Síntese)

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