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“Não sei o que passa na cabeça destes jovens, pois mentem por tudo e agora não tenho minha filha”. O desabafo é do segurança Belarmindo Martins dos Santos Neto, pai de uma das sete vítimas que morreram em um acidente no KM 415 da BR 324 em Riachão do Jacuípe na por volta das 22 horas de domingo, 12.
As vítimas, com idades entre 15 e 19 anos, estavam em um veículo Gol, placa KLX 8772 que colidiu frontalmente com um caminhão, placa JOJ 7373, carregado com pedras de mármore. O condutor fugiu sem ser identificado.
Os jovens foram identificadas como Rozetano de Oliveira Ferreira, 18 anos, Flávia Janaina de Santana Oliveira, 16, Ana Maria Guedes, 16, Daiane de Almeida Santos, 18, Elenilson de Souza Silva, 19, Marcela Mascarenhas de Oliveira Araújo, 15 e Nelson Nei Carneiro Cordeiro, 18, este último dirigia o Gol.
De acordo com informações policiais, os jovens seguiam de Riachão de Jacuípe para os festejos do São João antecipado no município vizinho de Nova Fátima quando o carro foi colhido pelo caminhão que vinha na contramão, na altura do povoado de Vila Aparecida. O caminhão seguia de Ourolândia com destino a Salvador. “Acreditamos que a carga tenha pendido para o lado e o caminhão se desgovernou indo para a contramão e atingindo o Gol que vinha em alta velocidade”, informou um policial civil da delegacia de Riachão do Jacuipe.
O impacto foi tão grande que, mesmo portando documentos, foi necessário a presença de familiares para que as vítimas fossem reconhecidas. O Corpo de Bombeiros de Feira de Santana atuou no trabalho de resgate, que durou mais de duas horas. Segundo testemunhas, o caminhão arrastou o Gol por mais de 50 metros.
Desolação - “A minha filha mentiu para a família que iria para um aniversário e acabou indo para esta festa. Agora estamos aqui liberando o seu corpo. Porque não falou a verdade? Pois se não estivesse neste carro estaria viva neste momento”, reclamava Belarmino Neto.
Na manhã desta segunda, o movimento no departamento de polícia técnica (DPT) em Feira de Santana para onde os corpos foram levados, foi bastante intenso. A todo instante chegavam familiares para saber sobre a liberação dos corpos. O pai da jovem Flávia Janaina, Vanderley Lima de Oliveira, teve que ser amparado por familiares no momento em que reconheceu o corpo da filha. “É uma dor insuportável, não desejo isto para ninguém”, revelou entre lágrimas.
Segundo os familiares das vítimas, no carro estavam três casais de namorados e mesmo com os pedidos de alguns pais para que eles não fossem à festa, desobedeceram e viajaram. “A minha irmão pediu para que a Flávia não fosse, mas ela insistiu dizendo que o motorista, que é vizinho dela, não ia beber e minha irmã acabou deixando”, contou um tio da jovem.
Um inquérito policial foi instaurado pelo delegado Carlos José Baqueiro, titular da delegacia local, que informou que o advogado do motorista do caminhão já manteve contato para que ele fosse apresentado ainda esta semana.
A TARDE
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