Samu: funcionários reclamam da segurança


Após vivenciarem uma agressão, os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) reclamam da falta de segurança no trabalho e dos ricos de agressão durante o trabalho




Segundo informações de funcionários que não quiseram se indentificar, na noite de terça-feira, 29, uma técnica em enfermagem foi ferida com uma facada durante um atendimento a um paciente psiquiátrico. De acordo com funcionário , a agressão aconteceu por volta das 21h30. “Ela foi designada para fazer o atendimento a essa paciente e assim que chegou ao local a mulher pegou uma faca que estava escondida na roupa e partiu para cima dela” detalha



Ainda de acordo com o funcionário, por pouco a paciente não cravou a faca no peito da servidora. “Ela conseguiu se vira e a faca acertou o tórax, mas não perfurou muito, graças a Deus. Ela foi encaminhada ao Hospital Zona Norte, onde foi atendida e na manhã de hoje[30] ela foi até a delegacia registrar a ocorrência. Em seguida a moça foi ao IML onde fez exame de corpo de delito”, explica



A equipe do Portal Infonet recebeu diversos e-mails enviados por servidores do Samu, noticiando o incidente e reclamando da falta de segurança. Segundo as informações relatadaspor um dos funcionários, que também preferiu não ter a identidade revelada, não existe treinamento para esse tipo de atendimento.



“Nossa luta é para que tenha um treinamento mais específico para atender esse tipo de paciente. Também queremos que ocorrências como essa sejam designados dois técnicos e não um como está sendo feito. É necessário também que se tenha pelo menos duas ambulâncias diferenciadas, própria para o transporte desses pacientes”, reclama o servidor.



Samu



De acordo com a coordenadora do Samu Aracaju, Vaneska de Souza Barbosa, todo profissional da área de saúde, tem noções de atendimento a paciente psiquiátricona sua grade curricular. “Independente da grade curricular no ano de 2009, mais especificamente entre os meses de março a maio fizemos uma capacitação com o pessoal do Hospital São José, que contou com a presença de servidores da Samu”, explica




Ainda de acordo com a coordenadora em 2010 teve início uma nova capacitação a distância. “Através de uma parceria com a Osvaldo Cruz e Ministério de Saúde, teve início no ano passado uma capacitação de 'Suporte Básico' que também trabalha esse tipo de atendimento.134 auxiliares e condutores se escreveram, mas hoje temos 33 pessoas fazendo essa capacitação, que tem duração de mais de um ano, ou seja 27 % está fazendo”, pontua Vaneska



A coordenadora ainda explicou que a capacitação é voluntária e existe um sistema de banco de horas. Vaneska ainda pontuou que existe um protocolo que deve ser seguido durante os atendimentos. “ Quando uma equipe chega ao local de atendimento, o funcionário precisa avaliar a cena. Se o paciente estiver armado, primeiro a equipe aguarda a chegada dos policiais, se o paciente estiver agitado a equipe deve aguardar os bombeiros. Então temos alguns mecanismos para evitar esse tipo de coisa”, esclarece.



Em relação ao incidente, Vaneska ainda pontuou que a paciente não era psiquiátrica. “ Foi uma briga de casal, onde o marido chamou a Samu e não avisou que a mulher estava armada. O que aconteceu com ela poderia ter acontecido dentro de um hospital com um médico, com uma enfermeira. Não foi um problema do Samu”, ressalta a coordenadora.



Por Alcione Martins

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